Já com mais de 80 anos de idade, o fiel praticante e mestre de uma filosofia oriental gostaria de ampliar a casa, tornando-a como se fossem duas residências independentes, a fim de proporcionar mais privacidade às filhas e netas que moram com ele e permitir que ele tenha mais privacidade para recepcionar outros mestres da mesma filosofia.
A solicitação mais importante era o arquiteto Murilo Rodrigues desenvolvesse o desenho da fachada de maneira que possibilitasse uma relação análoga com a arquitetura indiana, com entrada independente para o ambiente de onde ocorreriam os encontros.
Com efeito, o referido arquiteto mesclou as linhas retas da arquitetura modernista, muito em voga nas concepções contemporâneas, demarcando a entrada para o espaço de reuniões com um arco ogival, muito presente na arquitetura indiana, na cor dourada, remetendo as grandiosas obras arquitetônicas dessa região.
O espaço seria situado no pavimento superior, que teria um brise metálico dourado e o fechamento em vidro temperado. Complementando a composição, filetes de mármore colocados tipo canjiquinha, complementam a proposta juntamente com os frisos metálicos que dão um detalhe a mais no volume superior, juntamente as janelas idênticas que dão ritmo à composição.
Fachada com vista para a entrada doméstica
Vista da fachada mostrando a entrada para o espaço de reuniões