sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Projeto residencial multifamiliar

Com a certeza que em breve conseguirá construir o lar que suprirá seus anseios e necessidades, a empresária solicitou ao arquiteto Murilo Rodrigues, a reforma da casa que comprou recentemente.
Logo na primeira conversa a cliente deixou claro o que queria em relação a plasticidade do imóvel ao exibir fotos de residências que a agradava: telhado aparente, uso de revestimento natural e que possibilite aparência contemporânea com utilização de esquadrias em vidro temperado.
Como ela ainda não tem ao certo a data de início da obra, solicitou apenas o projeto básico, sem prévia determinação de materiais de acabamento, visto que pode-se utilizar algum revestimento que acabe saindo de linha. Todavia, foram realizadas maquetes para poder perceber melhor a volumetria e as ambientações possíveis.
A proposta é multifamiliar, pois o pavimento superior, futuro imóvel do filho, tem independência em relação ao térreo, que abrigará a residência da contratante.
Abaixo algumas simulações da proposta:
 
Vista da fachada frontal da edificação

Vista da fachada
 
Vista posterior
 
Vista posterior
 
Vista da Sala de Estar/ Jantar com vista para bancada da cozinha e jardim posterior

Jardim posterior
 
Croqui da Sala de Banho com vista para jardim privativo
 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A casa dos sonhos em um terreno de 8x20m

Em um terreno de 8x20m, o desafio solicitado ao arquiteto Murilo Rodrigues foi conceber o lar que abrigaria a casa de um casal com um filho pré-adolescente e um com dois anos de idade.
As 3 principais exigências do cliente eram:
 
1 - Elaborar um projeto com características peculiares da arquitetura regional, com cobertura em telhas de barro, esquadrias em madeira e pedras como revestimento da fachada;
 
2 - As salas de estar e jantar deveriam estar conjugadas com a cozinha e ter a visão de um jardim lateral; e
 
3 - O espaço da churrasqueira não deveria ser visível do passeio público, a fim de deixar o espaço mais privativo.
 
Maquete renderizada da fachada

Maquete da fachada

Maquete da fachada

Vista aérea

Vista aérea

Maquete das salas de estar e jantar separas da cozinha por um balcão
 
Vista da cozinha

Vista das salas de jantar e estar com vista para o jardim lateral
 
Vista do mezanino

Vista da sala de jantar com vista para o espaço de convivência

Vista da área da churrasqueira com vista para o chuveiro
 

 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Oscar Niemeyer: A Arte de plasmar o habitável

Num mundo de tantos jovens sem perspectiva de vida, sem planos, sem oportunidade ou sem vontade, a morte de um cidadão de quase 105 anos seria natural. Contudo, cheio planos e projetos por fazer, Oscar Niemeyer deixa um legado de fãs arquitetos, engenheiros e todas as pessoas que se permitiram emocionar ao presenciar, mesmo que por fotos ou vídeos, sua arquitetura fantástica e completamente singular.
Brincava com amigos, ao dizer que ele não nos deixaria, pois era o primeiro arquiteto tombado, que assim como suas obras, não poderia morrer. Um exemplo para quem ama a arquitetura e sente prazer neste ofício, que apenas para poucos ainda soa como Arte.
Niemeyer conseguiu brincar efetivamente com suas proposições arquitetônicas nos deixando quase achar que são esculturas. As formas são escultóricas, mas não categorizadas como esculturas pela simples diferenciação quanto à função desempenhada pela criação: se funciona como abrigo, perde a categoria de escultura e passa automaticamente a caminhar no campo da arquitetura.
Em meados do século XX, um grupo de arquitetos e intelectuais com propostas revolucionárias fundaram o Movimento Internacional por uma Bauhaus Imaginista-MIBI (que depois se juntaria a mais grupos político-artísticos e fundariam a IS - Internacional Situacionista), o qual possuía como diretriz principal a crítica ao extremo funcionalismo da arquitetura ensinada na Bauhaus (escola de Urbanismo, Arquitetura, Cenografia, Design e Artes Plásticas), clamando por uma arquitetura lúdica e que nos possibilite emoção.
Ao estudar estes movimentos supracitados, via nos projetos de Niemeyer a materialização deste discurso na sua peculiar arquitetura lúdica, que sai do “lugar comum” e que emociona. Formas que qualificam a engenharia contemporânea, nos mostrando diversas possibilidades formais do construir com concreto armado, que era sua “massa de modelar”.
Descanse em paz o Grande Mestre da Arquitetura Mundial, que não abandonou seu ideal por uma sociedade sem esta abissal diferença entre classes sociais. Arquiteto Revolucionário, que inspira tantos que almejam o curso de arquitetura e tantos que acreditam que a arquitetura poderá tornar o mundo mais justo, fraterno e agradável.
Abaixo, registros de duas obras de Niemeyer em Niterói, que tive o privilégio de conhecer.
Teatro Popular de Niterói

Museu de Arte Contemporânea